quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nas Comemorações do … 10 de Junho!!!

A Teresa e a Helena casaram, uma com a outra entenda-se. Quatro anos após a primeira tentativa frustrada, Helena Paixão e Teresa Pires transformaram-se hoje no primeiro casal homossexual a contrair casamento civil, após a promulgação e publicação da Lei n.º 9/2010, de 31 de Maio. Vestidas de maneira informal, as duas mulheres casaram na 7.ª conservatória de Lisboa, sob o olhar atento de alguns amigos e familiares e rodeadas de jornalistas que se apresentaram no local para transmitir o acontecimento em directo.

E espante-se: o mundo não acabou.

Não será que TAMBÉM deviam ter direito a serem condecoradas pelo PR no dia...

10 de Junho?!!!

A lei do Registo Civil foi manipulada

Helena Paixão e Teresa Pires, que não são nenhum casal, foram usadas.
O que se passou no registo civil de Lisboa, patrocinado pelo Estado, não foi um casamento, como é óbvio.
O casamento não mudou, ao contrário do que pensavam os editorialistas do jornal Público.
O casamento não muda.
Porque não é da sua natureza própria e única mudar.
O casamento é.
Como um homem e uma mulher são.
O que se passou foi um facto político, obviamente.
E medíocre.
E mau.
Com alguns protagonistas de segunda, muitos de terceira e de quarta.
Nenhuns de primeira.
O Bloco de Esquerda, Comunistas e a demais corja tecnocrática Socialista, que gostam de lama, exultaram, pois claro.
Mas o Estado de Direito e o primado da lei agacharam-se e prostituíram-se.
Aumentou a confusão.
E é assim: não "tem de haver espaço na sociedade para que todos se sintam confortáveis (…) ”, se isso significa erros e desfigurações ontológicos, conceptuais e legais.
E como é também óbvio, a essa luz, uma família com uma mulher, um homem e filhos pode ficar e fica afectada por outras “realidades”, que sem o serem, senão a materialização encenada formalmente de desejos e vícios, verdadeiramente, desfiguram e diminuem a verdade daquela.
Mas não parece, no deslizar “trendy-chic” típico da argumentação urbano-depressiva corrente dos que acham o nosso Parlamento um mundo que é um máximo.
Mas não é.
É tudo muito diferente e é tudo muito mais pequeno do que julgam, afinal.
A começar por eles.
O pior que há e pode acontecer a uma pessoa, é querer ficar bem em todas as posições e fotografias.
Acaba-se preso nessa lógica e sem saída.
É que a realidade tem muita força e não perdoa.