sábado, 10 de julho de 2010

De Um devaneio imortal ao antro da estupidez humana


O princípio da estupidez

Diz-se normalmente que o estúpido é um idiota ignorante imbecil. Vamos a ver, um sujeito que englobe estas três características não é por si só um estúpido. Infelizmente a estupidez é o alicerce do problema não um efeito colateral ou resultado de um aglomerar de idiotices.
Ui o quanto já se escreveu sobre a estupidez. Mas quantos são os que sabem o que é a estupidez? Assim sendo e antes de mais cá vai:
Estupidez (de estúpido + -ez)
. qualidade de estúpido; acção ou estado de estúpido
Por isso quando nos referimos a estupidez queremos é o “estúpido”:
Estúpido (do lat. stupìdu-, «id.»)
. idiota; ignorante; imbecil; que não tem inteligência suficiente ou delicadeza de sentimentos; grosseiro; bruto; muito desagradável; enfadonho; uma pessoa que é estúpida;
. insensível para com uma verdade moral
Finalmente cá está a única definição que interessa: “insensível para com uma verdade moral”, todas as outras são para estúpidos as compreenderem.
Para eliminar desde já dúvidas e as más interpretações, deixamos as definições científicas dos familiares próximos da estupidez, mas que não o são, porque são sim, problemas ingénitos ao nascimento, é a chamada tríade oligofrênica.
Oligofrenia (do gr. olígos, «pouco» + phrěn → phrenós «espírito, mente; inteligência» + -ia) sinónimo de atraso ou deficiência mental. Designa a gama de casos, no ser humano, onde há um deficit de inteligência, componde á tríade oligofrênica: debilidade, imbecilidade e idiotia. Constitui os casos onde a capacidade cognitiva do indivíduo é anómala (inaptidão a apreender algo correctamente e incapacidade de fazer juízos sobre o conhecimento adquirido):
. Debilidade mental é, na psiquiatria, o grau leve. O portador apresenta a capacidade de julgamento perturbada e não se adequa facilmente a novas situações. No entanto não existem grandes prejuízos para a capacidade socializante dos portadores. Podem possuir uma vida civil relativamente válida.
. Imbecis (imbecilidade - do lat. imbecillitáte-, «fraqueza»), a psicologia expressa-o como um atraso mental acentuado, que incapacita o indivíduo a maiores estágios. Encontra-se entre a debilidade mental e a idiotia, distinguindo-se desta última pela aquisição da linguagem falada e pelo nível mental, acompanhado de um certo grau de desenvolvimento intelectual que permite um mínimo aprendizado, como o conservar a capacidade de obedecer a ordens e cumpri-las de forma satisfatória. A pessoa possui um carácter ingénuo, e é desprovida do entendimento da significação de bom-senso, que a pode tornar alvo fácil às sugestões. Pode ser facilmente condicionada para o mal, pois não possui os freios morais para que lhe permitam questionar as acções a que é conduzida.
. Idiotia, o termo como relevância científica caiu em desuso e foi absorvido pela cultura popular como ofensa. No entanto representa o grau máximo de oligofrenia. Com uma capacidade intelectual infra-humana, os indivíduos desse grupo têm dificuldades de aprendizagem mesmo ao nível da fala. Têm os seus instintos e capacidades vitais muito prejudicados aproximando-se dos estados comatosos. São incapazes de assimilar noções de higiene pessoal ou mesmo de abranger a noção de pudor. Podem desenvolver instintos como o de conservação, mas em relação às medidas de habilidades humanas, as escalas de inteligência caracterizam-no como Retardo mental, os indivíduos portadores possuem o menor grau de desenvolvimento intelectual.
Provindo do latim idióta-, «pessoa ignorante; idiota» - engloba noções de ausência de cultura, pouco inteligente ou sem bom-senso, com características de pretensão e vaidade; Do grego: idiótes, «homem sem instrução», ou pessoa privada, contrária ao homem de Estado, ou público que emanava valores sociais.
Aproximações históricas ao significado, associam o idiota, à ausência de valores éticos; incapacidade de fazer juízos ou agir com comportamentos que demonstrem sensatez.
Exemplo de idiota: – “Finjo ser idiota só para me enturmar!! Haha” [carece de fontes]. – Sem dúvida um tremendo idiota a nível executivo! Não fosse o jardineiro, o próprio P. C.
As diferenças nos diferentes graus e categorias, são muitas vezes difíceis de se distinguir, e dificultam o diferenciar o indivíduo anómalo do normal, já que alguns conseguem a articulação oral, mas o défice de inteligência só lhe permite a aprendizagem mediante muito esforço. Outros possuem boa memória e são capazes de desempenhar tarefas simples porém incapazes de instruir-se na leitura ou escrita.
A estupidez, não pode ser vista somente como falta de inteligência ou problemas mentais, mas como uma ausência de capacidade que se perceber estúpido. Contrasta deste modo com a Ignorância que é a falta de conhecimento, o ser inculto, não a falta de inteligência.
Existem publicações, que divagam na forma de carácter científico, sobre a estupidez, mas auto-classificam-se de estudos ou introduções, pois que a única maneira de se compreender o significado que os matemáticos atribuem a Infinito é contemplando a extensão da estupidez humana. [Voltaire] Entre outros, Walter B. Pitkin, publicou “Uma Breve Introdução à História da Estupidez Humana” e Carlo M. Cipolla o satírico ensaio “Il Mulino”, onde enumera As Leis Básicas da Estupidez Humana – de onde retiro o essencial:
. Subestimamos sempre o número de pessoas estúpidas. Mesmo as que pensávamos ser racionais e inteligentes, de repente mostram-se estúpidas sem dar margem a dúvidas.
. A probabilidade de que uma pessoa seja estúpida, é independente de qualquer outra característica de sua personalidade, e o quociente de estupidez é o mesmo se comparados géneros, raças, condições étnicas, educação etc.
. Uma pessoa estúpida é alguém que ocasiona dano a outra pessoa, sem que de tal resulte em vantagem para si, material ou outra, ou mesmo com prejuízo próprio.
. As pessoas não estúpidas esquecem constantemente que associar-se com gente estúpida invariavelmente constitui-se em erro com prejuízo.
. A pessoa mais perigosa que pode existir é a estúpida.
. Se o factor de estupidez é constante através do tempo e do espaço, uma sociedade forte em ascensão tem uma percentagem maior de gente inteligente, enquanto que uma sociedade que declina tem uma alarmante percentagem, de relação entre quociente de estupidez, e as pessoas em posição de poder.
. As pessoas inteligentes geralmente sabem que o são, mas as pessoas estúpidas não sabem que são estúpidas, e esta é a razão primaz por que são extremamente perigosas.
E agora em qual se definem?

Áh já sei...
A.P.M.