sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Crime e Castigo...


Está marcado para os próximos dias, no Tribunal de Setúbal, o julgamento de um homem que, em 2007, terá arrombado um galinheiro e furtado duas galinhas no valor de 50 euros.
A Justiça tarda, mas chega. O “criminoso” andou mal e merece uma justa punição, quer pela mediocridade de fins quer pela ruralidade de meios. Gente como ele, que pilha galinhas em vez de fundar um banco e pilhar as contas dos depositantes; ou como aquela septuagenária que não pagou uma pasta de dentes num supermercado em vez de pedir uns milhões à Caixa Geral de Depósitos [CGD]; comprar o supermercado na bolsa e igualmente não o pagar, vendendo-o depois à Caixa [CGD] através de uma “offshore” pelo dobro do preço (ou vendendo-lho mesmo antes de o ter comprado); não tem lugar no Portugal moderno e empreendedor.
Ainda por cima, deixou-se apanhar. Se calhar, até confessou, em vez de invocar lapsos de memória. E aposto que nem se lembrou de se divorciar antes de ser preso, pondo os 50 euros a salvo na partilha de bens.
Não queremos estar na pele do seu advogado dado que não há Código de Processo Penal que valha a um caso destes. É condenação mais que certa.
Todo este alarido por ter roubado duas galinhas e se tivesse sido ao contrario as galinhas do galinheiro a roubar o pobre homem como seria…? Possivelmente a absolvição das galinhas, estas possivelmente serão ou pensam ser inimputáveis.
O Mundo está perdido. e Portugal também, principalmente quando perante tal brutal realidade, a incredulidade é só (mais) um sentimento entre outros. a revolta também se encontra presente, de braço dado com a raiva e o repúdio.