segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AR DEIXA PRESIDENTES DE JUNTAS DEPENADOS...

Diz a Agência Lusa que “Dinheiro não chega para pagar a todos os presidentes de junta” porque, em conformidade com a justificação do governo, aquele “está à espera que a Assembleia da República fixe os critérios de distribuição da verba para pagamento dos presidentes da junta em regime de permanência, porque a quantia prevista no orçamento é insuficiente para pagar a todos”. Se este não fosse um retrato triste do país seria tudo muito hilariante, assim resta-nos ser assolados pela indignação.

Indignação não só porque os presidentes das juntas estão há meses e meses sem receber mas principalmente porque se quisermos desta vez acreditar nos do governo tudo depende da Assembleia da República, dos calaceiros daquela triste casa, em que cerca de 70 por cento dos eleitores portugueses vota para que se chegue a estas situações. Evidentemente que eles têm desculpas para tudo, até para serem enormes privilegiados e por eles a crise nem passar a arrasar quanto mais atingi-los. Pensar assim dos moradores da casa que devia de ser da democracia é doloroso, como é dolorosa a tenebrosa realidade. Que respeito nos merecem tais eleitos? De uma ponta à outra da AR venha o diabo e escolha. Em tudo isto deverá safar-se minimamente o PCP devido aos seus critérios de disciplina partidária (Mas em Palmela não há essa disciplina!), apesar de esta opinião dever ser mais um palpite do que uma certeza. Teríamos de penetrar muito bem nos meandros da AR e de todo aquele sindicato de pandilhas para afirmar com segurança que afinal na AR existem os que remam contra o esbanjamento de verbas e mordomias com o intuito de acautelar os interesses do país. Não consta que o PCP ou outro qualquer partido tenham feito propostas para reduzir substancialmente o que recebem mensalmente, nem que o tempo de desempenho como deputados para efeitos de reforma seja regulado pelo regime geral e não por três mandatos, 12 anos. Afinal andam de costas direitas, tratam das suas vidas profissionais, ganham daqui e dali, acumulam reformas escandalosamente inflacionadas e quem paga tudo é o Zé.

Mais palavras para o quê? Tudo já se torna enfadonho e repetitivo, exaustivo. Provavelmente na esperança de que a vergonha passe por aquela enorme casa a que chamam hemiciclo. Uma casa que gasta exageradamente os bens públicos em viatura caríssimas para este e aquele, em carpetes de muitas dezenas de milhares de euros, em toda a espécie de mordomias e astutos engenhos para depauperarem os que deviam na realidade representar e defender-lhes os interesses. Não é o que fazem, há imenso tempo que não o fazem. O ciclo parece eterno e são os portugueses que devem meditar sobre as realidades e tomar as decisões acertadas fazendo funcionar a democracia, escorraçando através do voto aqueles parasitas.

Quem paga as “Ricas” despesas do Presidente da Junta Freguesia de Palmela? Os tais € 3.000,00/mês?


P.C.P.