
O Governo e o Bloco de Esquerda levaram ontem ao Parlamento um debate sobre dois diplomas que pretendem simplificar a mudança de sexo e do nome próprio no registo civil, para evitar que as pessoas a quem tenha sido clinicamente diagnosticada uma mudança na identidade de género tenham de fazer o pedido aos tribunais.
In jornal Público
Só mesmo um governo liderado por Sócrates poderia ter um comportamento político como aquele que temos assistido; senão vejamos: há pouco mais de um ano eram anunciadas obras faraónicas como o TGV e o novo aeroporto. Depois, já com o país assombrado com o fantasma da crise, Sócrates insistia que não iria subir os impostos (há registos em vídeo com o primeiro-ministro, com o seu ar de “impoluta credibilidade política”, a anunciá-lo aos jornalistas). Meses mais tarde, esta triste personagem da nossa história perseverava num optimismo bacoco e irrealista, transmitindo esperança em lugar de tomar medidas concretas para superar as dificuldades económicas do país. Agora resolveu mudar e foi forçado assumir a crise, tomando medidas orçamentais severas, aumentando os impostos e cortando na despesa.
A credibilidade política, e a capacidade de executar tais propostas, está posta em causa. O governo sofreu uma mudança de identidade e, resolveu “mudar de sexo”. Portanto, Sócrates deixou de ser o jovem homem gastador e optimista irresponsável para se transformar numa séria, macambúzia, e poupada dona de casa.
Em Portugal a estabilidade desapareceu e, na vida política tal como na identidade sexual, tudo pode acontecer. Doravante, se for aprovado o projecto-lei do PS e BE, quando alguém se casa nunca irá saber verdadeiramente se realizou um "casamento" hetero ou homossexual, pois irá depender da circunstância, do estado de alma do indivíduo inclinar-se mais para um lado ou para o outro. Com este governo passa-se exactamente o mesmo. É tudo normal, basta mudar; afinal é moderno, é simplex...