quinta-feira, 28 de outubro de 2010

5 DESAFIOS POR PALMELA...

Os 5 principais desafios actuais das autarquias Palmelenses são, os seguintes:

1. a) Descobrir uma forma de romper com o passado, transformando-se de instituição paternalista e burocrática em organização mobilizadora da sociedade civil para o crescimento económico e o desenvolvimento social e humano. O motor deve voltar a ser a sociedade civil, organizada de quarteirão a quarteirão, de bairro a bairro e de comunidade a comunidade, participando e oferecendo o seu melhor para mudar a nível local e.

2. b) Aprender a partilhar os processos de decisão com os cidadãos e assim sendo promover a cidadania, fomentar políticas públicas participativas e alavancar a criatividade e a capacidade de inovação. As autarquias têm sempre tendência de se repetir isolarem-se do mundo exterior, perdidas nos seus problemas organizacionais, políticos e financeiros, e se esqueceram que a capacidade de mudança está nas pessoas (de todas as pessoas) e nas ideias destas pessoas.

3. c) Reduzir ao máximo o número de procedimentos ( só para termos uma ideia a nossa Câmara para quem não sabe tem cerca de 586 procedimentos diferentes! quanto ao numero de procedimentos na Junta de freguesia estamos convencidos de que nem o seu presidente o saberá...) toda esta amalaga de procedimentos poderia ser evitada através da adopção dos princípios dos serviços esbeltos ("lean services" – autarquia esbelta! sem gordura!) e da customização em massa ("mass customization") para permitir a satisfação individual dos munícipes ao mesmo tempo que simplifica e reduz a carga burocrática dos seus processos de trabalho. Isto obrigará a reestruturar as autarquias por "linhas de produção" orientadas para os munícipes e empresas. A revolução industrial já nos mostrou o caminho há séculos. Para isso, é fundamental começar por quebrar os silos institucionais (as famosas "quintinhas") e integrar as operações de forma transparente e transversal não só para os cidadãos e empresas, mas também para os próprios funcionários camarários.

4. d) Entender que o acesso em banda larga é uma estrutura em rede análoga à rede de abastecimento de água, redes de electricidade ou redes rodoviárias e por isso deve ser considerada um bem comum e não um oligopólio regulado por pressupostos ultrapassados. As autarquias devem construir e explorar este bem comum (ver o exemplo das Open Access Networks), considerado um aspecto crítico não só para a produção e distribuição de conteúdos digitais, mas também para a criação de novas oportunidades de emprego e de novos negócios.
5.e) Aumentar o nível de escolaridade dos funcionários e diminuir as desigualdades de oportunidades, sim desigualdades porque estas são uma realidade embora ninguém as queira assumir. A sociedade da informação com baixos índices de penetração de computadores, acesso à Internet e acesso em banda larga. As tendências globais e as contingências nacionais e locais reforçam a necessidade da profunda discussão – participativa – dos desafios actuais e dos caminhos futuros que desejamos para as nossas autarquias.

Como podemos ver há muito por fazer em Palmela
MES